segunda-feira, 28 de junho de 2010

SCORE 13


E você era a princesa que eu fiz coroar e era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país.
(Participação especial: Deborah Lago. PS: só uma correção, és a princesa que nós fizemos coroar.)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

da Paz

Luz e Sombra


Rede

Descer pra cima

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Correio da Madrugada




Querido companheiro das madrugadas,

Ai de mim se não fosses tu, somente tu.
Para me estalar as pálpebras quando estas lentamente teimam em se abraçar.
Infelizmente, ou felizmente, não te expressas muito, deixando-me falar sozinha na maior parte do tempo escuro que jaz lá fora. O que acontece se durante uma de minhas falas, perco-me nela e adormeço?
Injurio-me contigo?
Provavelmente terias teus motivos para me deixar dormir. Porém eu, caro, mais tenho para o oposto.
Não me deixais cair na tentação desse sono que nem ao menos sinto ainda.
É o cansaço que me tenta, esse pequeno demônio que, como tu, me acompanha por toda noite lancinate.
É ele que direciona todo o meu pensamento para o menos urgente e o mais latejante.
Portanto, amigo, me escuta e compreende, deixando-me falar todas as baboseiras que me coçam os miolos para livrar-me logo delas e conseguir terminar minhas tarefas a tempo.
A tempo de que? De não enlouquecer mais ainda com as que surgirão amanhã e depois, pois são indiscutíveis suas aparições quando menos precisamos.
Despeço-me, então, ao escutar nosso amigo Philip (Glass, caso não recorde) chamando-me para as urgências a fazer.

Aguardo um mínimo de resposta,
Tua.

sábado, 12 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Terceira coisa



E é um suor nervoso, misto de angústia e leveza, que me cobre nesses dias sem sol nem lua. É tão confuso que chega a clarear a voz e o pensamento cada vez que escorre na pele limpa. E derrete com bastante calma a espessa camada de cuidado que pacientemente maqueei em todos os centímetros do meu corpo e alma. É um suor sem cheiro sem sabor nem cor, mas que tem textura, temperatura e sentimento. É ralo, é quente, é amor. Não, na verdade não é amor e também não é paixão. É uma terceira coisa que não tem nome; que surpreende sempre que surge na minha superfície. Arde mas aquece.




quinta-feira, 3 de junho de 2010

tododia


Desafio-me a escrever
e sempre perco,
peco.

É um dom,
um domínio,
um domar do pensar
que não tenho.

Desejar arduamente
o grafite no branco,
o sopro de resto,
a casta construção
não basta.

Me falta
o poder de poder
maliciar a malícia
vivida e saciada,
detida ou explodida
na pele.

Aquilo que profana
sem ser impuro:
a vida.